À medida que o segundo semestre avança, empresas de diferentes setores começam a organizar o planejamento orçamentário para 2026. Mais do que projetar receitas e despesas, essa etapa é decisiva para a saúde financeira e o crescimento sustentável da organização.
O planejamento envolve análise de desempenho, definição de metas, avaliação de riscos e integração entre áreas. Quando estruturado corretamente, tornam-se uma ferramenta poderosa para antecipar desafios, aproveitar oportunidades e conectar decisões financeiras ao plano estratégico da empresa.
Para Goldwasser Neto, CEO e cofundador da Accountfy, o momento exige uma atenção especial:
“Este é um período em que as empresas precisam alinhar expectativas internas com cenários econômicos externos. Uma boa gestão orçamentária é aquela que já prevê cenários alternativos e permite ajustes ágeis”, explica.
Tradicionalmente, departamentos financeiros se concentravam em consolidar números, gerar relatórios e garantir conformidade. Mas o mercado atual exige decisões mais rápidas, baseadas em dados e conectadas ao planejamento estratégico. Nesse contexto, depender exclusivamente de planilhas se tornou um risco: erros, retrabalho e informações desconectadas podem gerar prejuízos bilionários.
Casos recentes que alertam para o risco
O case da Macy’s, em 2024, que enfrentou um erro contábil que resultou em US$ 151 milhões de registros incorretos, afetando suas previsões de lucro e valor de mercado. Embora tenha sido causado por um único funcionário, o episódio evidenciou a necessidade de sistemas financeiros integrados, rastreáveis e confiáveis, capazes de prevenir falhas e garantir a governança corporativa.
Já em 2023, outro caso, como o das Americanas, mostra como a dependência de planilhas e controles manuais pode gerar prejuízos bilionários, com inconsistências que desviaram o foco da gestão real e facilitaram a criação de resultados fictícios.
Por que planilhas não são mais suficientes
O problema das planilhas é que, apesar de ainda amplamente utilizadas, elas apresentam limitações que comprometem a gestão orçamentária:
- Erros, inconsistências e atrasos;
- Dados desconectados dificultam análise e integração entre áreas;
- Falta de rastreabilidade torna difícil identificar falhas rapidamente;
- Colaboração simultânea é limitada, e arquivos podem ser perdidos;
- Grandes volumes de dados aumentam riscos e atrasam decisões;
- Tarefas manuais consomem tempo que poderia ser usado para análise estratégica.
A tecnologia como aliada do planejamento estratégico
Casos como o da Macy’s e das Americanas evidenciam que, no cenário atual, o planejamento orçamentário não pode depender apenas de processos manuais. Plataformas integradas permitem consolidar dados de diferentes áreas, criar cenários alternativos e manter o histórico de alterações, garantindo mais confiabilidade e transparência nas decisões.
Ferramentas como a Accountfy, plataforma SaaS completa de gestão financeira inteligente, por exemplo, entram nesse contexto não apenas como software, mas como um suporte. Ao centralizar informações, automatizar relatórios e aplicar inteligência analítica, a ferramenta permite que gestores e equipes financeiras transformem dados em decisões confiáveis. Com simulações de cenários, alertas preditivos e relatórios automatizados, a tecnologia reduz riscos, identifica oportunidades e libera o time para atividades estratégicas.
Inteligência artificial como potencializador do planejamento
Além das plataformas integradas, a inteligência artificial (IA) surge como um grande aliado no planejamento orçamentário. Segundo o Gartner, a IA generativa (GenAI) deve transformar até 70% dos esforços de design e desenvolvimento de aplicativos até 2026.
Sendo assim, ao integrar inteligência artificial às plataformas financeiras, as empresas conseguem não apenas reduzir riscos e custos operacionais, mas também transformar dados complexos em insights estratégicos que fortalecem o crescimento sustentável.
Nesse cenário, investir em tecnologia para o planejamento orçamentário não é mais opcional, é essencial para tomar decisões rápidas, seguras e alinhadas à estratégia do negócio, garantindo resiliência frente a cenários econômicos incertos e oportunidades de crescimento.
Fonte: Contábeis